De uns tempos para cá tem-se tornado um tanto atroz conseguir ser: ser pessoa, ser gente, ser simplesmente. Talvez porque no meio de tantos escombros internos, algo tenta surgir como esperança de uma nova luta.
Luta essa que ainda tento decifrar o que seja, talvez nem seja... simplesmente tenta ser...
Não é de todo fácil expressarmos certos sentimentos sem que nos julguem como loucos, penosos loucos... Mas a loucura é inerente em cada um de nós mesmo que em pequena fração, ou por mera fração de tempo.
Tem sido difícil conseguir ser: ser mulher, ser poeta, ser alguém.
Alguém que aja de forma politicamente correta, exaustivamente bem ponderada nos seus comportamentos e reações. Talvez seja essa a loucura: tentar não transparecer as emoções mais sensíveis e genuínas, mas sim escondê-las na camuflagem da apatia humana.
Talvez... Talvez seja na teia utópica de ser-se alguém que no fundo não se é que a loucura cresça...
No entanto, não consigo mais decifrar esta cólera que me invade, a frustração de sentir algo que não foi planeado, ponderado, pensado, calculado...
Serei louca? No fundo, talvez, todos lutamos pela aceitação da nossa loucura, louca loucura de sermos quem somos...
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